sexta-feira, 25 de abril de 2008

Ninguém nasce mau

O Homem só pode ser entendido, em sua existência, em indissociabilidade sistêmica, como totalidade psico-somática indivisível, enquanto existente, situado no espaço e no tempo e em dialética com o ambiente.

O comportamento do Homem é o corolário da sua estrutura; Freud, Miguel Ângelo, Popper, Edison, Camões, Paganini, Jesus, Marx, Hitler,etc., são exemplos. A obra de cada um destes homens é a expressão da sua estrutura; Freud não podia ter sido um homicida, Jesus nunca poderia agir como Sócrates. Todavia, a estrutura do Homem não implicita fatalidades. Sem dúvida que a biologia dos comportamentos tem uma base filogenética, a qual designa o indelével do inato mas, o ambiente eco-social intervém soberanamente e, à medida que o adquirido estrutura o Homem, o inato perde grandeza; assim, o mérito ou o demérito do Ser-Humano resulta, em grande parte, do adquirido através de uma educação. A criança não nasce má; é condicionada inconscientemente para a maldade por uma educação deficitária ou defeituosa, agressiva que gera, mais tarde, inseguranças, ansiedades, depressões, ódios, toxidependências, delinquência e comportamentos homicidas. Fatores sociais, com destaque para o abandono familiar e para a pobreza, em tempos de primeira infância, muito contribuem para aquela desastrosa estruturação do Ser-Humano.