domingo, 15 de maio de 2011

A Maior Aldeia do Mundo

É facto incontestável a população mundial ter crescido progressivamente e ser cada vez mais idosa, fenómeno característico dos países tecnologicamente desenvolvidos e também dos países em vias de desenvolvimento, como já foi o nosso e deveria continuar a ser se a regressão que o lançou para os alvores do séc. XX, fosse evitada.
Quando uma população envelhece ela tem menos jovens por diminuição da fecundidade e consequente baixa de natalidade, mas também tem mais velhos porque os adultos vão envelhecendo, engrossando o número de idosos os quais vivem a sua existência durante mais tempo. É um envelhecimento não só pelo aumento absoluto do número de idosos, mas também e principalmente é relativo pela diminuição do número de jovens.
Uma sociedade assim tende para a estabilidade, a quietude e a inactividade onde germinam sinais de morte, anunciada pelo declínio da inovação e da criatividade, assim como também pelo declínio do dinamismo caracterizado por desequilíbrios com capacidades de reequilibração. Nesta sociedade não há evolução, expressa por hesitações, paragens, retrocessos e progresso; não há crescimento e quando uma sociedade não cresce, ela envelhece porque, só pode crescer quando a natalidade aumenta e o número de jovens cresce. Numa sociedade envelhecida há mais caixões que berços, facto que se traduz por graves consequências sócio económicas, as quais poderão vir a ser minimizadas por incremento da fecundidade/natalidade, por uma imigração criteriosa e principalmente por uma governação digna que terá de passar pelo despedimento do governante que conduziu o País ao mais baixo nível sócio-económico e moral em que se encontra: desemprego; queda de produção e de exportações: desvios para sustentar o despesismo vergonhosamente injusto do corpo estatal, a par de gastos megalómanos e comportamentos paranoides defendidos pelo próprio, em inflamados discursos “hitleriformes”; dívida vertiginosamente crescente que penhorou o País; estruturada carência de honestidade; - a inteligência, a esperteza manhosa, a resiliência, a veemência ao serviço da mentira!
Estas e outras qualidades não são boas nem más; o uso que se faz delas é que é bom ou mau.
Foi assim que o País foi arruinado e povoado por idosos sem vigor anímico, intelectual e físico, idosos que paulatinamente adoecem solitários e são encontrados já cadáveres e já putrefactos. Que contexto kafkiano, apocalíptico!
O País está pobre, despovoado (difícil é que não se fuja d’aqui), sem élan vital; se assim prosseguir, entrará certamente no “Guiness” como a “Maior Aldeia do Mundo”.