- Tentar compreendê-lo e que ele perceba que é compreendido;
- Realçar o seu sofrimento; mas nunca valorizar a doença, porque ele não se considera doente;
- Encaminhá-lo para a psiquiatria, o que só será possível se confiar no seu médico.
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Arco-íris da Relação
domingo, 4 de maio de 2008
Direcção incompetente
Foi em consequência da Guerra Colonial de má memória que, pela 1ª vez e pela voz do psiquiatra Dr. Afonso De Albuquerque, tomei conhecimento duma entidade mórbida destruidora da saúde psicológica de militares que, fragilizados pela dramática ambiência e pela coacção ditatorial, estavam privados de capacidades para reagirem à situação perigosamente doentia. Refiro-me ao "Distúrbio de Stress post-traumático" (DSPT)
Hoje constatam-se novas vítimas:
- Professores vitimados por agressões psicológicas e físicas de jovens reactivos estruturalmente mal formados.
- Domésticas vitimadas pelos companheiros carentes de ética e de moral, com quem vivem em união de facto.
- Trabalhadores, quase sempre do sexo feminino, vítimas de chefias incompetentes porque carentes de saúde mental, neuróticas que se expressam em autoritarismos reactivos aos seus sentimentos de inferioridade e às suas frustrações que descarregam nas pessoas, como os militares, indefesas e submissas.
O DSPT,resultante do assédio moral sobre o trabalhador, é causa de graves consequências físicas, psicológicas e sociais com efeitos prejudiciais na actividade laboral; origina, na vítima, doença somática em zonas preferenciais, tais como a pele (eczema), o aparelho respiratório (asma), o aparelho cárdio-circulatório (arritmias, hipertensão arterial), o aparelho digestivo (úlceras gástricas e duodenais, discinesias); diminui a imunidade com consequente receptividade a graves infecções, — a tuberculose pulmonar é uma delas. Origina também psicopatologia (ansiedade, depressão, insegurança, fobias, etc.). É causa de perturbações laborais por desmotivação, com efeitos na qualidade e na quantidade, diminuíndo a produção; atinge a antroposofia estruturante de todo ser-humano.
Conhecidos estes efeitos deletérios e as suas amplas consequências, há que suprimir a causa, mas esta decisão é apanágio do governante; a pessoa que chefia deverá ser escolhida criteriosamente entre gente emocionalmente forte e equilibrada que tenha a capacidade de sentir, em Si, a interioridade dos trabalhadores para que os possa motivar a trabalhar para o objectivo comum, com entusiasmo, com emoção, uma emoção que estimule a acção.
Chefiar não é dominar nem é criar stress; o stress incapacita porque rouba motivação e dá doença. A chefia deve ter autoridade forte feita de assertividade mas, para a ter, não pode ser autoritária.
Não pode haver desenvolvimento válido com silenciados e oprimidos.